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Description
AFRICANOISE & CUTALO-FI apresentam: CABAÇA ATO I – A EMBEBIÇÃO Após o lançamento de CABAÇA, o artista Africanoise sentiu que as sementes daquele universo sonoro ainda tinham muito a florescer. Revirando os excedentes do álbum — synths, pianos e percussões e surgiu o desejo de reimaginar. Junto de seu parceiro de longa data, o guitarrista e produtor Cutalo-fi, deu início a encontros de estúdio livres e orgânicos, onde a experimentação guiava cada passo. Ele, agora na bateria; Cutalo-fi, nas cordas; ambos mergulhados na criação de novas texturas, resgatando temas de CABAÇA e tecendo outros inéditos. Dessas sessões espontâneas brota uma trilogia conceitual, onde a eletrônica se transmuta em jazz fusion — não como uma ruptura, mas como uma metamorfose. A trilogia nasce sob o signo da semente e seu milagre silencioso: a germinação. Cada ato representa uma etapa desse processo vital e simbólico, onde som e biologia se entrelaçam em narrativa sensível e vibrante. ATO I: A Embebição Água penetra a semente, sons se hidratam, e as ideias começam a amolecer suas fronteiras. Momento em que a música absorve possibilidades e se prepara para o inesperado. Feito de gota em gota o mar se agita, e cada uma carrega uma memória: um beat perdido no tempo, um synth que ressoa agora com timbre mais quente, mais analógico, mais íntimo. Neste primeiro ato, Africanos e Cutalo-fi permitem que a música seja encharcada de novas intenções, e que os sons se expandam sem rigidez, como raízes buscando um novo caminho. O controle cede lugar pro improviso e pra instrumentação viva — guitarras que sussurram, baterias que respiram. A Embebição é estado de suspensão. O jazz começa a se infiltrar nas frestas do eletrônico, com sua atitude de liberdade, de improviso, do gesto espontâneo. Os temas aqui não são definitivos - são esboços fluidos, harmonias em estado líquido. A forma ainda não está pronta mas o mistério já se sente respirar. Como cabaça, semente à espera do próximo impulso: crescer. Essa trilogia é, acima de tudo, um gesto de escuta: do passado reverberando no presente, do virtual transmutando em analógico, dos frutos inesperados da amizade musical entre Africanoise e Cutalo-fi. "A Embebição" é o instante em que a música, assim como a semente, absorve a umidade do ambiente. É a água simbólica que penetra a matéria sonora, despertando células adormecidas. Cada gota carrega uma memória: de um beat que já pulsou em CABAÇA, de um synth que ressoa agora com timbre mais quente, mais analógico, mais íntimo. Nesse primeiro ato, Africanoise e Cutalo-fi não constroem: eles permitem. Permitem que a música se encharque de novas intenções. Permitem que os sons se expandam sem rigidez, como raízes buscando seu caminho. É o momento onde o controle cede lugar à escuta, e a eletrônica se amolece, abrindo espaço para a instrumentação viva — guitarras que sussurram, baterias que respiram. A Embebição é estado de suspensão. Não é nascimento ainda, mas preparação sagrada. É onde o jazz começa a se infiltrar nas frestas do eletrônico, não como estilo, mas como atitude: a liberdade, o improviso, o gesto espontâneo. Os temas aqui não são definitivos. São esboços fluidos, harmonias em estado líquido. As melodias ainda não sabem o que serão, mas já carregam o desejo de existir. É como um ventre sonoro que se enche, que pulsa, à espera do próximo impulso: o crescimento. Essa trilogia é, acima de tudo, um gesto de escuta: do passado reverberando no presente, da eletrônica germinando em vida instrumental, da amizade musical entre Africanoise e Cutalo-fi dando frutos inesperados.