Billets de concert

À propos
A música do Gwendoline não tá nem aí. Não faz planos certos, como vivem dizendo pra quem quiser ouvir. Todo mundo vai escutar o que quiser em C’est à moi, ça, novo álbum dos dois caras de Brest lançado pela Born Bad. Tem gente que vê neles o Joy Division ou os Béruriers Noirs. Outros colocam na caixinha do cold-wave, dark-wave, chav-wave, ou qualquer outro rótulo. A gente não vai fazer isso. Não dá pra cantar tanto sobre a cultura de boteco sem ter vivido isso na pele. O primeiro disco foi literalmente escrito no balcão. Eles têm todo o direito de cagar na cabeça dos engravatados de gyropode que tomaram os bares preferidos deles. É só ouvir Le sang de papa et maman pra entender de onde vem esse líquido turvo que jorra do disco. Eles não fazem alarde, mas tão ali, sem pena, rasgando cada guerreiro de justiça social. Tem música que dá pra cantar junto, porque eles deixam espaço. Dá pra acompanhar o refrão como quem grita num jogo de futebol – mas eles não estão mirando nos estádios. Pierre Barrett e Mickaël Olivette, dois perdedores magníficos pra quem “o fim do mundo começou quando eles nasceram”, simplesmente dizem o que têm pra dizer. Eles “não tão nem aí pra escrever como Baudelaire”. As letras têm gosto de porta-copo molhado e cheiro de microfone aposentado largado na gaveta de baixo. Cada faixa é uma oportunidade de cuspir na cara de tudo que merecia: clubes de férias, a geração anterior, a próxima, vida barata, TV lixo. E neles mesmos, claro – porque têm coisa mais importante pra fazer do que bolar plano socialmente responsável. A dupla francesa não entende por que, depois de anos largados, a galera hype agora quer tirar selfie com eles. E isso só vai piorar com esse novo disco, concebido e gravado em casa, na Bretanha. Os instrumentais escuros, radicais e sem firula (Jake e Romain, guitarra/teclados) oferecem a Pierre e Micka uma escada sólida pra mijar do alto no desfile dos outros. Amar eles? Provavelmente já vai deixar os dois putos. A raiva deles tem um lado só e é justa. Não dá pra ser sutil quando tudo tem gosto de manteiga rançosa. Metro Verlaine é uma história de paixão nascida de uma viagem a Londres e de um amor visceral pelo pós-punk. Desde 2013, a dupla formada por Raphaëlle (voz) e Axel (guitarra) trilha seu caminho entre uma pop sombria e uma energia bruta. Após um primeiro EP de destaque (Manchester), seguido por dois álbuns (Cut-Up, produzido por Charles Rowell da banda Crocodiles, e Funeral Party), o grupo vem refinando sua identidade e realizando turnês pela França e pelo Reino Unido. Em 2024, lançam POP SAUVAGE, seu terceiro álbum, ainda mais intenso e romântico. Em 2025, o Metro Verlaine celebra os 10 anos de seu primeiro single Manchester com um remix club inspirado na era dourada da Haçienda. Uma homenagem às origens, ao mesmo tempo em que se projetam para o futuro: a banda já trabalha em seu quarto álbum, previsto para 2026. FLOR ET é arte libertária. É potência, peso e leveza juntos. De Porto Alegre (RS), agora sediada em São Paulo (SP), há 8 anos canta temas existenciais e sociais, acompanhados de uma diversidade sonora e performance hipnótica que teletransporta o público para outras dimensões. Sempre reverenciando a musicalidade brasileira, somando peso e potência, traz letras urgentes, estética vibrante e seu tropicalismo punkeado para os palcos. Em fase de pré-lançamento do segundo disco do projeto, BRAZAPUNK, a FLOR ET passou por palcos relevantes, como: Festival Pop Up (MG), Circo Voador (RJ), Palco Ultra (MG), São Paulo RockFest (SP), Festival Timbre (MG), Marte Festival (MG), Sesc Jundiaí (SP), HackTown SRS (MG), Festival da Lua Cheia (SP), Maratona Cultural (SC), FIMS (PR), Formemus (ES), TUM (SC), Psicodália (SC) e Morrostock (RS). De show em show, a FLOR ET vem crescendo de forma orgânica, abduzindo novos tripulantes à sua nave a cada palco aterrissado, com apresentações que marcam e conectam pessoas que valorizam a arte de musicar.